Nas escolas brasileiras, quando se ensina o que quer dizer
oligarquia, devíamos ensinar que vivemos em uma “democracia baseada em um sistema
oligárquico de representação”.
Não sou eu que cunhei essa expressão. Foi um cientista político, que eu não me lembro o nome, citado pelo Miguel Carter, outro pesquisador do tema formado na Columbia University, EUA, em seu magnífico livro organizado sobre Movimento Sem Terra do Brasil.
Portanto, nosso problema não é Sarney, Renan Calheiros. É o Senado todo, cabide de emprego almejado por todos os ex-governadores e candidatos a governadores e presidentes do país. O Senado é totalmente desnecessário. Surgiu não sei bem por que, baseado em algo romano, mas no caso brasileiro, apenas 15% dos eleitores elegem 51% dos senadores. Alguns diriam que esse desequilíbrio de representação serve para manter a nossa unidade nacional, o pacto federativo. O argumento é plausível para outros tempos, mas agora não me parece que andemos com risco de desfragmentar essa unidade, portanto, creio que o Senado atualmente só serve para fortalecer os interesses dessa oligarquia que manda no país. Se é o caso de garantir um emprego aos ex-governadores- porque me parece que é mais disso que se trata - que se crie uma poupança vitalícia para o sujeito. Assim, não continuaríamos a ver esses lamentáveis episódios de venaliadades de diversos graus e escalões na nossa frente. Sairia mais barato para o erário público, até porque os cargos de servidores existentes no Senado são de fato uns dos mais bem pagos de Brasília. A Câmara dos Deputados também tem uma representação desproporconal, o que favorece que exista uma excrescência chamada Bancada Ruralista que representa, de fato umas cerca de 200 mil famílias. E em nome dos interesses dessa enorme minoria, detona com o Código Florestal e, fortalecida depois dessa vitória, quer mexer em outros pilares da nossa Constituição para atender seus mais diretos interesses. Vamos deixar que a “ordem fazendeira” domine esta nação?
Não sou eu que cunhei essa expressão. Foi um cientista político, que eu não me lembro o nome, citado pelo Miguel Carter, outro pesquisador do tema formado na Columbia University, EUA, em seu magnífico livro organizado sobre Movimento Sem Terra do Brasil.
Portanto, nosso problema não é Sarney, Renan Calheiros. É o Senado todo, cabide de emprego almejado por todos os ex-governadores e candidatos a governadores e presidentes do país. O Senado é totalmente desnecessário. Surgiu não sei bem por que, baseado em algo romano, mas no caso brasileiro, apenas 15% dos eleitores elegem 51% dos senadores. Alguns diriam que esse desequilíbrio de representação serve para manter a nossa unidade nacional, o pacto federativo. O argumento é plausível para outros tempos, mas agora não me parece que andemos com risco de desfragmentar essa unidade, portanto, creio que o Senado atualmente só serve para fortalecer os interesses dessa oligarquia que manda no país. Se é o caso de garantir um emprego aos ex-governadores- porque me parece que é mais disso que se trata - que se crie uma poupança vitalícia para o sujeito. Assim, não continuaríamos a ver esses lamentáveis episódios de venaliadades de diversos graus e escalões na nossa frente. Sairia mais barato para o erário público, até porque os cargos de servidores existentes no Senado são de fato uns dos mais bem pagos de Brasília. A Câmara dos Deputados também tem uma representação desproporconal, o que favorece que exista uma excrescência chamada Bancada Ruralista que representa, de fato umas cerca de 200 mil famílias. E em nome dos interesses dessa enorme minoria, detona com o Código Florestal e, fortalecida depois dessa vitória, quer mexer em outros pilares da nossa Constituição para atender seus mais diretos interesses. Vamos deixar que a “ordem fazendeira” domine esta nação?
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