Ontem era Dia de Reis. Antigamente, em todo o território de tradições ibéricas era o dia em que se ganhava presente, como ainda o é na Espanha. Aqui no Brasil, provavelmente por causa da Coca-cola que inventou o Papai Noel e por causa do Tio Patinhas e seus sobrinhos patos, aprendemos a considerar o dia 24 um dia de se comer Peru em uma ceia e de ganhar presentes.
A parte penosa dessa história é ver os pobres coitados contratados para passarem por Papai Noel nos shoppings... suando em bicas.... enquanto tentam escutar os pedidos das crianças....Ainda se a gente arranjasse uma vestimenta adequada ao Natal tropical para o tal velinho... Ou quem sabe, mudamos o tipo? Talvez um saci-pererê também desse conta do recado... com aquele cachimbo matreiro... Sei lá.... O fato é que acho chato ter perdido a celebração do dia dos Reis Magos... que até na França, tem seus dia celebrado com um bolo delicioso...folhado com marzipan dentro... onde, como outrora aqui, há uma prenda e quem ganhar o pedaço com ela pode até fazer um pedido.
Mas ontem, em uma casa maravilhosa, na Rua Aprazível, em Santa Teresa... esperava-se o Messias, o violeiro que daria voz a uma Folia de Reis. Eu que nunca vi uma Folia, estava ansiosa esperando naquele cenário fantástico... em uma varanda belíssima, voltada para a Baia da Guanabara. Quem diria, o centro do Rio de Janeiro mais uma vez me brindando com uma tradição provavelmente tão antiga quanto os tijolos do convento que dá nome a esse bairro.
Entretanto, o Messias não veio. Havia o pandeirista, um tocador de percussão e improvisamos uma cantoria. E eu cá com meus botões achei uma pena não ter matado a vontade de ver uma Folia de Reis, mas estava tudo certo e condizente para um dia 6 des janeiro. Afinal, celebrávamos o dia e, no fundo, no fundo, não estamos sempre esperando o tal Messias?
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