Fazer o showmicio de Ségolène no estado Charléty, não foi obra do acaso. Foi o cenário ideal para a candidata socialista cair em cima de de Sarkozy que no domingo passado criticou 1968.
Nesse mesmo estádio, no dia 27 de maio daquele ano, estudantes da esquerda reuniram também um número aproximado de 40 mil pessoas, em meio àquele ambiente convulsivo e esperançoso daquele ano que representou mudanças profundas nesse país.
O Sarkozy pegou realmente mal ao criticar esse ano, tão representativo para o mundo e para boa parte do que realmente interessa deste país.
Mas o discurso da Ségolène, no entanto, em geral monocórdio, foi mais ousado, talvez do que os seus companheiros de legenda esperavam. Ao citar a história do 1º de maio, ou seja a morte de grevistas em Chicago, que lutavam por 8 horas de trabalho, 1881, que também teve seu equivalente sangrento, em uma mobilização de mineiros no norte da França, a candidata socialista fez questão de citar a II Internacional e acrescentou: “Esse dia é para recordar aqueles que pagaram para que hoje os trabalhadores sejam livres!”.
Diante desse trecho de seu discurso, bem-humorados assistentes e apoiadores de seu partido comentaram ao meu lado. “Essa, de falar da Internacional nem o Mitterand ousaria”.
Ségoléne, em suma, quer se apoiar justamente naquilo que a França tem de mais representativo para “aos olhos do mundo”, que são os valores universais criados pela Revolução Francesa. Ela quer fazer que esta França ganhe as eleições.
2 comentários:
Seu blog representa a possibilidade de sabermos da realidade do que acontece na França, burlando a desinformação imposta pela grande mídia...Espero mais publicações!
PARABÉNS!
Joieux aniversariô, Deborá!
E não esqueça de nos dar um relato das festividades do 13 de maio aí na France.
Abraço do Santi
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