quinta-feira, 2 de junho de 2011
O código anti-florestal
Toda essa novela triste em torno do Código Anti-Florestal esconde que os cínicos supostos "nacionalistas" da turma do Aldo Rebelo e da Bancada Ruralista na verdade estão defendendo interesses genuinamente estrangeiros quando defendem a agricultura brasileira, porque quem ganha efetivamente grana com a abertura constante de nossa "fronteira agrícola" são as "tradings" estrangeiras como a Cargil e a Bunge. Eles é que realmente têm lucro com a devastação das florestas brasileiras. Esses paladinos do anti-desenvolvimento do Brasil, mais uma vez conseguiram, pela mágica da nossa tragicamente perene oligarquia. Eles demonstraram mais uma vez a capacidade, o escandaloso poder dos interesses minoritários desse país em impedir que os desmatadores pagassem multa. ou seja, impedir uma mudança institucional voltada para a defesa do bem comum. Como antes, o Código Florestal só era colocado em prática por promotores exigentes, podia manter a lei como estava. A lei, mais uma vez, não pegava neles. Quando se instituiu que se quisessem obter empréstimo do Banco do Brasil os grandes fazendeiros brsaileiros iam ter que pagar uma multa pela inadequação de sua propriedade ao Código Florestal, esses caras cerraram as suas fileiras e partiram para mudança do Código. Sim, enquanto não funcionava a legislação, estava tudo bem. Ameaçou incomodar, eles simplesmente resolveram mudar a lei, usando de desculpa os "agricultores familiares" ameaçados. Eles podem mudar a lei porque eles representam apenas os 22.000 bem aquinhoados donos de grandes extensões territoriais do Brasil e as empresas interessadas em seus negócios, que, sim, estão se lixando para o nosso patrimônio ambiental.
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